Filha, esposa, irmã e madrinha. Corredora, estudante, cinéfila e nadadora. Editora de vídeo, confeiteira, dona de casa e blogueira.
Carol Carpintéro, carioca há 30 anos, nunca leu um livro na escola. De Dom Casmurro a Vidas Secas, lia a orelha, 20 páginas e pedia para a melhor amiga lhe contar a trama. Sempre amou as histórias, mas preferia as imagens às palavras.
Certa vez fora acusada de fraude por sua professora de português da sexta série: “Esta redação está muito bem escrita, nem vírgula errada encontrei.”
No vestibular, sabia sobre os olhos de ressaca, a pedra do caminho, o triste fim e a morte do leiteiro sem nunca ter dado a chance desses universos a seduzirem.
Então, do modo que as coisas acontecem quando devem acontecer, Carol se refugiou de Kant, Habermas e McLuhan no romance mais bobo e previsível que encontrou na livraria.
Carol se apaixonou.