O Original
– Se eu cair, você me levanta?
– Se eu me entregar, você me aceita?
– Se eu me fechar, você me perdoa?
– Se eu errar, você me avisa?
– Se eu ganhar, você me abraça?
– E se eu pular, você vem comigo?
O alternativo
– Se eu me fechar, você me avisa?
-Se eu me aceitar, você perdoa?
-Se eu me levantar, você me abraça?
-Se eu errar, você ganha?
-Se eu pular, você se entrega?
-E se eu cair, você vem comigo?
O indireto
Era a primeira vez que ele amava. Não sabia o que fazer com as mãos, onde parar o olhar, como bater o coração. Queria, queria não, precisava, precisava saber se poderia dar aquele passo, sem medo do chão lhe escapar no caminho. Teria ali o apoio para a vida toda?
E ela que sempre amou de peito aberto, encontrava ali profundidade para mergulhar de cabeça? Após uma fila de gente rasa, que não sabia reagir à intensidade, que se fazia de juiz, júri e carrasco de suas ações, via ali um conselheiro, um companheiro?
Ali, com as mãos suadas e olhos abertos, respiraram juntos pela primeira vez. Não havia passado, só presente. O coração de um batia no peito do outro. A conquista dele era a alegria dela. O sonho dela era a certeza dele. E não haveria distância que os separasse.
O aleatório
-Se eu for contigo, você se fecha?
-Se eu levantar, você cai?
-Se eu errar, você me aceita?
-Se eu ganhar, você se entrega?
-Se eu pular, você me perdoa?
-E se eu te avisar, você me abraça?