Tenho uma confissão a fazer: sou Ana Carolina, tenho 28 anos e adoro livro de princesas.
SINOPSE:
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
MINHA OPINIÃO:
Sei que a série ‘A seleção’, da autora Kiera Cass, não é voltada para minha faixa etária, mas tudo bem, eu não dou a mínima. rss Me apaixonei pela trilogia, por seus personagens fortes, pelas cenas de romance fofas, pelas cenas de ação com direito a mortos e feridos por conta das invasões dos rebeldes ao castelo e pelo mistério que envolvia o passado de Iléa, país surgido após a decadência dos Estados Unidos da América.
A questão social na série também traz interesse: a população foi dividida em 8 castas e cada uma tem seu papel social. Há um abismo na distribuição de renda e a mobilidade social é praticamente nula.
São temas interessantes que podem envolver leitores de todas as idades, por isso fiquei bastante feliz quando vi que o quarto livro da séria havia sido lançado.
Acho que autora acertou quando fez da protagonista, ‘a herdeira’, filha do casal Maxon e América, uma chata de galocha. Seus pais são personagens lindos, maduros, inteligentes e altruístas. Eadlyn, a jovem de 18 anos é tudo menos isso. Ela é egocêntrica e mimada e não vi nenhum leitor até agora cair de amores por ela. Ponto para Kiera Cass! Conseguiu surpreender com isso e agora a dinâmica da nova seleção (sim, agora é Eadlyn que terá 35 pretendentes a marido) se dará de forma bem diferente.
Não espere suspiros ou declarações de amor. Não espere uma princesa amada por seu povo. Não espere (infelizmente) muita coisa desse livro.
A trama se dá 95% dentro do castelo e não há mistérios a serem descobertos, batalhas entre guardas e rebeldes ou um triângulo amoroso. Em resumo, não há conflito no livro. A história é linear demais e só tem um final (finalzinho mesmo, tipo 20 ultimas páginas) com alguma emoção para te deixar ansiosa pelo próximo volume.
A escrita de Kiera Cass continua gostosa de ler e terminei o livro em menos de um dia (tudo bem, estava gripada e fiquei o dia inteiro de cama), mas no final achei tudo um tanto sem sal. Há bastante coisa a ser desenvolvida no próximo livro: novos rebeldes devem aparecer e um triângulo (talvez um quadrado) amoroso tem potencial também. Aguardaremos então, as cenas dos próximos capítulos.